Foto: Cristais - Vera Luz Laporta
A Drew Fuller
De cristal temeroso ante o espelho
de teu rosto mais puro que os arese os cerros nostálgicos e águas
de degelos etéreos
temeroso de ti
de teu olhar tão nostálgico
e belo e de tua boca
Prenda dos deuses
de cobiça e o oval das linhas
que rodeiam as luzes
que surgem de tua fronte
feita de primaveras mais arcaicas
que o desejo inspirado no aéreo
da magia que brota
daquele cinzel
que burilou tua imagem
Oh Drew
que habitas nas linhas das sombras
mais doces dos bosques aonde se
perde a razão em ardências
a fim de imaginar-te
como Pan desnudo
trepando a árvore
do mistério da carne,
e de morder em sonhos
o segredo que ocultas
em teus olhos de esmeralda e rubís
Ai, temeroso de ti
e de tua beleza
e ser a presa de teu falo insone
Para a eternidade de um êxtase eterno.
Do êxtase eterno
oculto no olhar
que foge em segundos à morte
e volta eternamente a dar vida.
Mas como não tremer
se de cristais fomos feitos
ante o espelho que reflete
o frágil sonho do qual fomos criados?
Como não se perguntar
se és aparição
fugaz ou vão simulacro
De uma ilusão que clama
por essa eternidade que tu
refletes transfugaz
como as linhas de teus pômulos?
De cristal é o sonho
da vida que se enfrenta ao espelho
aonde a eternidade cai ao abismo.
E então vens tu.
Torrente de verdes e de trinados,
frágil como o desejo dos êxtases
ue conduzem ao bronze do eterno
que buscamos oh Drew
E que tu como brisa involucrada
pões em nossos corações
Frios, hirtos, para dizermos algo.
Apenas o astro fugaz de algum desejo
traz consigo eternidade terrena.
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