de José DaSilva Navía
homenagem a Oscar Portela
Aquela voz cansada, algo tinha
de nostalgia, de amor, de sonhos idos;
era a tênue voz dos caídos
a voz, quiçá, da melancolia.
Uma voz que entre sombras debatia
o direito final dos vencidos
deixar no esquecimento suas lembranças
pedir que, por fim, termine o dia
Mas o dia do homem, só expira
quando a luz se entrega ao horizonte
e ao silêncio, o som de sua lira,
entrega, em um cantar, derradeiro sopro
debulhando lamentos sobre o monte
para ser para sempre um com o vento.
Outubro de 2004
2 comentários:
"Poema-Retrato" foi escrito pelo poeta galego José Luis DaSilva Navia a seu amigo Oscar Portela, em outubro de 2004, o qual tive também a felicidade de fazer a tradução.
Para conhecer mais sobre esse ótimo poeta espanhol, acesse as páginas da Internet
http://www.arrakis.es/~joldan/gallego/joseldas.htm
http://www.delagracia.de/dasilva.htm
POEMA-RETRATO
de José daSilva Navia
a Oscar Portela
(Versión original en castellano)
Aquella voz cansada, algo tenía
de nostalgia, de amor, de sueños idos;
era la ténue voz de los caidos
la voz, quizá, de la melancolía.
Una voz que entre sombras debatía
el derecho final de los vencidos
de ocultar sus recuerdos entre olvidos
de pedir que, por fin, termine el día.
Pero el día del hombre, sólo expira
cuando la luz se entrega al horizonte
y al silencio, el sonido de su lira,
exhala en un cantar, postrero aliento
desgranando lamentos sobre el monte
para ser por siempre uno con el viento.
http://ecuador.indymedia.org/es/2005/05/9425.shtml
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