Poema de Oscar Portela.
Homenagem ao filósofo Oscar Del Barco.
Sal em suas lágrimas. Lágrimas de sangue
Tingem de púrpuras sombrias luzes
Seu caminho de morte
O suor e as lágrimas
Circulam pelas veias contraídas
Do solitário aquele a quem a sorte traiçoeira
propicia-lhe agora
seu último golpe
Sobre uma paisagem árida e selvagem
Como o indigno destino da pátria
Que sinistro este céu de caranchos.
Não há civilização nem pátria sem traições
Nem pátria sem crueldade desmesurada
Agora o sabe.
No caminho truncado de sua vida.
Na hora fatal de sua ousadia
Ouve a voz do Cocho que nas sombras
Sussurra silenciosamente em seus ouvidos
Barranca Yaco é Cruz que se repete
Na sinistra traição da cilada
Que estendemos a nós mesmos
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