de Oscar Portela
Relâmpago. Céu púrpura e fúlgido
Que silencia vozes sobre a terra
Trovão. Voz da ira. Lavas e cinzas
Sobre o mar que cerra seus ouvidos
Ao clamor dos Deuses
Raio que timoneia o Universo.
Amor que nos silencia como o relâmpago
Nos ensurdece como o corno do trovão
E nos devolve cinzas sobre a terra pálida
Como o raio que timoneia os corpos
Desnudos sobre a erva de uma arcadia
Apenas um instante e o eterno se esfuma
Morrer eu soberano não possuindo nem me entregando
Apenas me deixando fluir na estação da inocência
Cerrando o círculo sobre o desnudo corpo do amado.
Corrientes, 2008
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